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segunda-feira, 5 de setembro de 2011


ELEGIA, QUASE CANÇÃO


Pássaro azul
Que notícia me trazes
da dona de meu querer?
Em que secreto céu ela se esconde?
Por que caminhos é seu lugar onde?

Pelas desencantadas praças,
pelas desertas ruas e avenidas
vejo sua sombra esmaecida.

E mesmo agora
um espectro de congeladas mãos
me acolhe a testa,
acaricia-me os olhos





e me conduz pela mão até longe,
para além do mim de mim...

A dona de meu querer
é como o tempo da rosa:
de precária floração
mas infinita memória.  

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