ELEGIA, QUASE CANÇÃO
Pássaro azul
e me conduz pela mão até longe,
Pássaro azul
Que notícia me trazes
da dona de meu querer?
da dona de meu querer?
Em que secreto céu ela se esconde?
Por que caminhos é seu lugar onde?
Pelas desencantadas praças,
pelas desertas ruas e avenidas
vejo sua sombra esmaecida.
E mesmo agora
um espectro de congeladas mãos
me acolhe a testa,
acaricia-me os olhos
e me conduz pela mão até longe,
para além do mim de mim...
A dona de meu querer
é como o tempo da rosa:
de precária floração
mas infinita memória.
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